UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO E CIDADANIA: INTERNET E CONTROLE SOCIAL
VALKILENE MELO DE MENDONÇA DE SOUZA
Mat. 10523896
JOÃO PESSOA - PARAÍBA MARÇO DE 2013
Projeto de Pesquisa apresentado ao Professor Doutor Fábio Fonseca de Brito, na Disciplina Estágio IV, como requisito parcial para a elaboração da Monografia de Conclusão de Curso de Graduação em Pedagogia, tendo como orientadora de conteúdo a Professora Doutora Virgínia de Oliveira Silva.
UFPB – Campus I JOÃO PESSOA - PARAÍBA MARÇO DE 2013
INTRODUÇÃO
Em cada ser humano, existe a necessidade e o desejo de vivenciar o exercício pleno da justiça. Especificamente no alvorecer da juventude, essa aspiração se intensifica; porém, por não ter uma política de formação educacional direcionada ao conhecimento do exercício da cidadania em sua totalidade, esse direito que se mistura ao sentimento, pode ser adormecido tornando o ser refém de um sistema político equivocado.
Partindo desse principio e com base na Constituição Federal, Cap. III, Da Educação1, apresentamos o presente projeto de pesquisa que, voltando-se para o primeiro segmento do Ensino Fundamental, busca incentivar e instigar, numa linguagem apropriada para esse nível de ensino, a formação cidadã e o controle social por meio de ações pedagógicas tais como: leituras de textos reflexivos; histórias com fundamento ético contadas oralmente; jogos educativos e atividades pedagógicas; aulas explicativas sobre como funciona o sistema político no país; aulas didáticas, objetivando a formação cidadã; e a construção de peças teatrais, nas quais os atores serão os próprios estudantes, vivenciando a prática da cidadania e do respeito ao próximo.
Tal projeto vislumbra ainda a criação de um blog para postagem de toda produção estudantil resultante das suas ações, o que se dará por meio de uma ferramenta interativa e muito usada pelos jovens e crianças: a internet. Através de atividades no meio digital, incluiremos a importância de conhecer como se dá o processo do controle social na perspectiva da Lei de Transparência (Lei nº. 12.527 de 2011). Procuraremos mostrar o lado positivo da internet, além de incentivar a necessidade do uso seguro da mesma. Navegaremos por sites de iniciativa governamental (além de outros) que possuem o objetivo de ensinar valores éticos e humanitários sem perder a ênfase não só nos direitos como também nos deveres e obrigações de cada pessoa.
A presente pesquisa tem o intuito de apresentar os resultados do uso da internet como metodologia inovadora e atuante no meio educacional. Levando em consideração as suas apropriações e a significação do uso urgente desta ferramenta; considerando ainda, as desigualdades da inclusão digital e o seu conhecimento prévio nas relações familiares, sociais e culturais.
Como o nosso estudo aborda o ensino da formação cidadã e o controle social com o desafio de instigar e apresentar o conhecimento do tema para crianças do ensino fundamental, nosso enfoque se dará também na Sociologia (com ênfase na infância), pois tal ciência corrobora a crença de que as crianças são capazes de traduzir o que vivenciam nas suas práticas sociais e culturais, compreendidas a partir da realidade social em que estão incluídas. De acordo com aquilo a que Sarmento (2004, p.30) nos remete:
“(...) Estas reconfigurações fazem das crianças construtoras ativas do seu próprio lugar na sociedade contemporânea, esse ponto no mapa, afinal, que é também a mesma encruzilhada em que todos nós nos situamos; lugar que com elas partilhamos, ainda que com responsabilidades (e culpas...) distintas: cidadãos implicados na construção da (so)ci(e)dade.”
A nossa pesquisa será realizada na Escola de Educação Básica2 que faz parte do complexo institucional do Campus I da Universidade Federal da Paraíba - UFPB. A Escola de Educação Básica caracteriza-se por atender às demandas dos três segmentos que compõem a Universidade Federal da Paraíba, a saber, a dos filhos de seus estudantes, funcionários e professores, além de contemplar a comunidade social circunvizinha ao Campus I da UFPB. Por isso mesmo, possui uma clientela diversificada em relação à condição sócio-econômica de seus estudantes e familiares. Situa-se entre dois grandes bairros da cidade de João Pessoa: Castelo Branco e o Conjunto dos Bancários, incluindo os seus loteamentos (Anatólia e Jardim Cidade Universitária) e as comunidades (Santa Clara, São Rafael, Vale do Timbó I e II e Igrejinha São Francisco).
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1 Sobretudo o que afirma em seu “Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
2 As informações que situam a Escola de Educação Básica foram extraídas do seu Projeto Político Pedagógico datado de 2008.
OBJETIVOS
Objetivo geral:
Considerando a aplicação das ações propostas pelo presente projeto, temos como objetivo central conhecer as motivações, concepções, indagações, como também, as contribuições dos estudantes envolvidos em nossa pesquisa para o exercício da cidadania, com foco na importância do controle social, tendo como ferramenta indispensável a internet.
. Objetivos Específicos:
1. Explicar na linguagem apropriada para o corpo docente e discente o valor e o alcance do cidadão crítico e atuante;
2. Analisar as condições existentes e as disponibilidades que a escola apresenta no que se refere ao uso da internet como ferramenta de ensino; e
3. Avaliar, a partir da produção estudantil, os resultados e as contribuições das ações de nosso projeto para a formação e a participação cidadã.
JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, nos deparamos com os avanços científicos da humanidade. A velocidade e o impacto das tecnologias da informação e da comunicação têm aproximado povos, tribos e línguas; proporcionando uma série de conhecimentos do mundo.
A robótica tem revelado talentos e descobertas fantásticas nas funções motoras, sensoriais e intelectuais, e, muitas vezes, o processo de desenvolvimento desta ciência tem lugar na sala de aula.
São inúmeros e inegáveis os progressos alcançados pelo desenvolvimento científico e tecnológico, cujos efeitos libertam o homem de recorrer apenas aos recursos oferecidos pela natureza; possibilitando-o, inclusive, inventar o próprio material necessário ao avanço de diversas pesquisas. Porém, em contrapartida, surgiram os desencantamentos, causados, sobretudo, por efeitos negativos que também produz tal desenvolvimento: a degradação da natureza, o desemprego, o desabrigo, a fome, a baixa qualidade de vida, os vícios, a mortalidade, a desigualdade, a exclusão, a corrupção etc.
E ainda, no viés das mazelas sociais, apresenta-se a globalização, de caráter dominante e invasivo. Todavia, sua base aparentemente sólida e verdadeira, nos impulsiona a entender, conforme Santos (2000, p. 19), que “um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta quando, na verdade, as diferenças locais são aprofundadas”.
De acordo com esta assertiva de Santos (2000), a pretensão de homogeneização torna ainda mais intensa as diferenças, e nos distancia da união alardeada. Mas, por outro lado, precisamos sustentar a idéia de preservação do planeta, e isso nos remete a pensar como comunidade, a refletir sobre o que realmente precisamos para aprender a conviver com todas essas questões em pauta e que envolvem o mundo.
No contexto mundial, existe uma grande expectativa no que se refere às resoluções das nódoas da sociedade atual. A cidadania aparece como aliada da Educação; e, em diversos países, esse binômio se transforma em uma questão essencial, apresentando-se como objetivo principal no desenvolvimento da sociedade.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), desde a sua apresentação, têm por finalidade nortear o ensino fundamental como proposta de reorientação curricular, defendendo a importância de se construir uma educação básica voltada para o exercício da cidadania. Os PCN trazem como necessidade urgente à sociedade brasileira a discussão sobre as políticas educacionais, em todo território nacional, com o envolvimento de todos aqueles que se interessem por educação, bem como com a articulação e a criação de projetos educativos que garantam a todo estudante, independente de sua localização, “O direito de ter acesso aos conhecimentos indispensáveis para a construção de sua cidadania” (p. 9). Prevendo também “(...) as condições físicas das escolas, dotando-as de recursos didáticos e ampliando as possibilidades de uso das tecnologias da comunicação e da informação” (p.38).
Como estrutura do trabalho escolar, o referido documento apresenta como temas relevantes: Ética, Meio ambiente, Orientação sexual, Pluralidade Cultural, Saúde, Trabalho, Consumo, dentre outros que apontem a necessidade de reflexão. Tais assuntos se apresentam como propostas educacionais positivas, estruturando o estudante para a sua formação crítica, além de capacitá-lo para enfrentar com repúdio as injustiças, dando lhe voz e o inserindo como ator social competente, apto para interpretar a sua realidade.
E, conforme destaca Demo (1995, p.180-181), se faz necessária:
(...) uma decidida conscientização e educação permanentemente qualificada em torno da formação e correto exercício da cidadania assim como o desenvolvimento comunitário. Neste sentido, torna-se improrrogável planejar e executar programas específicos capazes de favorecer a formação integral e harmônica, democrática, consciente e responsável mediante – entre alternativas – promoção e formação para cidadania; promoção da cultura e de uma educação que possibilite a todos os cidadãos a sua habilitação para ser pessoa digna, construtiva e solidária, comprometida mediante participação, responsável e generosa, na construção de uma sociedade mais justa, fraterna, democrática e libertadora.
A importância do desenvolvimento de nossa pesquisa está fortemente sedimentada na intenção de se por em prática, se não toda, pelo menos parte do que preconiza a teoria acima citada, ao buscar proporcionar a uma turma de estudantes do 5º ano (4ª Série), de uma escola de ensino fundamental, localizada no Campus I da Universidade Federal da Paraíba, uma experiência educativa, cuja metodologia se baseia na oferta de atividades, a partir do suporte de ferramentas da informática (computadores e internet), e na análise de seus usos e representações realizados pelos sujeitos de nossa pesquisa: os referidos estudantes.
Pesquisaremos na internet e utilizaremos com os estudantes alguns sites educativos, voltados a preparar a criança desde cedo para ser inquiridora da realidade, exercendo a sua cidadania; proporcionando-lhe, no futuro, o conhecimento do controle social, já que a pesquisa prevê também, dentro dos preceitos da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527, de 18 de Novembro de 2011), a navegação em sites que promovam esta ação. De forma bem didática e interativa, e considerando o convívio local dos estudantes, descobriremos dados que façam parte da realidade de cada criança participante do estudo. Em nossa metodologia, prevemos também que toda a produção decorrente da pesquisa será postada em um blog que construiremos com o intuito de incentivar a circulação de idéias bem como o desenvolvimento do intelecto.
A idéia de desenvolver essa pesquisa surgiu da observação que temos feito sobre as mobilizações da sociedade em torno de temas como: o combate à corrupção; a urgência da aplicação da Lei de Acesso à Informação; a aprovação de leis que incluam questões como ética e cidadania no currículo do ensino fundamental; a educação na perspectiva das novas metodologias com o advento da internet; a relação das crianças com a tecnologia. Percebemos que essas discussões refletem a importância na construção da soberania do homem, e o que o torna realmente independente é o libertar-se da subordinação e da ignorância.
Neste sentido, consideramos a presente pesquisa como sendo de total relevância para o meio acadêmico, pois através dela buscaremos argumentar, a partir das possíveis contribuições extraídas do nosso estudo, como também, ouvir as falas e conhecer os enfrentamentos dos estudantes do ensino fundamental da Escola de Educação Básica, parte integrante do Centro de Educação (CE) da UFPB. Cumprindo, assim, o que dispõe, em seu ANEXO I, a Resolução Nº. 64/2006 do CONSEPE, que aprova o Projeto Político-Pedagógico do Curso de Pedagogia, do Centro de Educação, do Campus I, da UFPB:
3. Competências, Atitudes e Habilidades: O Egresso do Curso de Pedagogia deverá estar apto a:
●Atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária. (...)
●Relacionar as linguagens dos meios de comunicação aplicadas à educação, nos processos didático-pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de informação e comunicação adequadas ao desenvolvimento de aprendizagens significativas.
REFERENCIAL TEÓRICO
Os avanços tecnológicos e as suas contribuições para a aplicação dos métodos educativos ampliam as possibilidades do educador usar tais ferramentas como ponto chave na elaboração de conteúdos que sustentem o ideal de cidadania como também fortaleçam a sua ação participativa, tornando o estudante do ensino fundamental conhecedor dos orçamentos democráticos, mesmo que seja no âmbito micro da sua comunidade local. De acordo com Santos (2000, p. 38 e 39), implica observarmos o atual momento:
Um dos traços marcantes do atual período histórico é, pois, o papel verdadeiramente despótico da informação. Conforme Já vimos, as novas condições técnicas deveriam permitir a ampliação do conhecimento do planeta, dos objetivos que o formam, das sociedades que o habitam e dos homens em sua realidade intrínseca.
Sem os meios pedagógicos para se conduzir os estudantes a uma formação de caráter político para a construção do cidadão critico, inclusive no que tange ao uso da internet, a sociedade esbarra na antiga discussão dos entraves sociais que dificultam o acesso à plena vivência da cidadania, que tem um significado tão importante e libertador, mas que ainda tem se desenvolvido timidamente no cotidiano da nação. A prática educacional tem sido, muitas vezes, limitada a uma realidade que distancia a formação cidadã do viés político da educação, pelo desconhecimento do contexto político mundial. Na prática, ouvimos dos próprios educadores a sua aversão à política, criando uma confusão entre essa ciência e a prática inconcebível de alguns atores políticos. Incluindo a assertiva de PERUZZO (2002, p. 4), pela qual podemos refletir como essas praticas se efetivam no dia a dia das novas gerações; apontamos aqui uma preocupante realidade:
Com o crescimento do aparato tecnológico no cotidiano das grandes cidades (...) as novas gerações têm seus valores, opiniões e atitudes sedimentadas por veículos que não se interessam propriamente em sua educação, que não assumem explicitamente seu caráter pedagógico, mas que acabam freqüentemente por influenciar mais profundamente a juventude que a educação desenvolvida na escola.
Essa discussão sobre o fortalecimento da cidadania tem instigado muitos pesquisadores a se debruçarem sobre essa temática, levando a sociedade a se mobilizar em torno de ações educativas efetivas, introduzindo nos grandes debates a relevância desse ideal. Como resultado dessas mobilidades sociais, o senado aprovou no dia 14 de novembro de 2012 o projeto que torna obrigatório as escolas de educação básica oferecer as disciplinas de Ética e Cidadania Moral e Ética Social e Política. Alguns defendem que não cabe ao educador tal tarefa; outros defendem que já estão inclusos esses conteúdos dentro dos temas transversais; tais posicionamentos nos remetem a refletir sobre o que diz a Constituição Federal do país, no Capítulo III - Da Educação3; e o que a sociedade espera da escola cidadã que, segundo SALMASO e BORTONE, s. d.
Os pressupostos que estarão orientando suas ações são os da autonomia, da cidadania, da participação, da democratização do poder, da liberdade, da solidariedade, da felicidade, da sustentabilidade, (...) da postura critica, da identidade cultural para a formação de sujeitos políticos capazes de intervir na realidade, visando a uma perspectiva social mais justa. (...) A escola cidadã valoriza a diferença naquilo de pedagógico que ela tem: ensinando diferentes formas de compreender o mundo, de dar respostas às questões que o mundo nos apresenta... A escola cidadã dialoga com a diferença, reconhece suas contribuições, busca pares, soma forças, constrói partícipes de um mesmo projeto, de um mesmo sonho.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (p.142), mesmo havendo experiências no desenvolvimento de projetos com tecnologia educacional em vários estados brasileiros, a potencialidade desses recursos ainda não é reconhecida pela comunidade nacional de educadores. São vários fatores em destaque que explicam esse fato: pouco conhecimento e domínio por parte dos professores para utilizar os recursos tecnológicos na criação de ambientes de aprendizagem significativa; insuficiência de recursos financeiros para a manutenção, atualização de equipamentos e para capacitação dos professores, e até a ausência de equipamentos em muitas escolas; e a falta de condições para utilização dos equipamentos disponíveis devido à precariedade das instalações em outras. Sob essa ótica, nos propomos a, durante o andamento do projeto, investigar acerca de tais problemas, buscando entender se de fato esses entraves existem e o que contribuiria efetivamente para uma educação que - nos dias de hoje - já não pode ser concebida sem o uso desses recursos, e é a partir da assertiva de SANTOS (2005, p. 74 e 75) que podemos pensar:
Ao nível dos Estados, trata-se de transformar a democracia de baixa intensidade, que hoje domina, pela democracia de alta intensidade. (...) temos o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza e a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza.
No Brasil, as eleições municipais de 2008 tiveram como uma das principais promessas de campanha a instalação de sistemas de internet sem fio e gratuita para a população. Já nas eleições de 2012, a campanha trouxe a promessa de entrega de tablets aos professores e estudantes da rede municipal. Como justificativa para a aplicação de tal projeto, alguns políticos alegaram a economia editorial que o mesmo promoveria com o processo de digitalização dos livros. O Ministério da Educação anunciou, no início de 2012, o investimento de mais de R$ 150 milhões para a compra de 600 mil tablets direcionados aos professores do ensino médio federal, estadual e municipal. Conforme afirma o próprio ministro da educação, Aloizio Mercadante4, “É importante que a gente construa uma estratégia sólida para que a escola possa formar, preparar essa nova geração para o uso de tecnologia da informação.”
Nesta perspectiva, a nossa pesquisa realizará ensaios com métodos educativos que envolvem a Era Cibernética, investigando as possíveis contribuições que nossas ações promoverão aos estudantes do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica da UFPB, com o olhar voltado para a construção da cidadania e a formação de um ser critico e participativo no processo de controle social.
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3 Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
4 Entrevista do Ministro Aloizio Mercadante, postado pelo portal do MEC, no dia 02 de fevereiro de 2012.
METODOLOGIA
A metodologia da nossa pesquisa está referenciada nas Políticas Educacionais, precisamente, nas Políticas Públicas Sociais. Investigaremos nosso tema dialeticamente, considerando que os fatos possuem contextos sócio-histórico, político e econômico... (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993), e fenomenologicamente, percebendo a realidade como um construto social, multifacetado de acordo com as suas interpretações e comunicações. Reconhecemos, também, a importância do sujeito/ator no processo de construção do conhecimento (GIL, 1999; TRIVIÑOS, 1992).
Desejamos, no decorrer do projeto, aplicar a nossa Pesquisa de Campo que se desenvolverá através da oferta de aulas com atividades ligadas ao campo da formação da consciência e da participação cidadãs, fazendo uso de pesquisa em sites da internet, com 07 (sete) estudantes de uma turma de 5º ano (4ª série) do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica da UFPB. Nossas interações se darão duas vezes por semana, em encontros de 50 minutos, durante os meses de outubro e novembro de 2012 e março e abril de 2013.
Utilizaremos a observação para descrever as reações dos estudantes, a partir dos conteúdos aplicados pelo projeto; na seqüência, toda produção estudantil será postada no blog “Conselho de Classe”, desenvolvido pelo projeto com o intuito de instigar os estudantes para a produção textual e para a elaboração de ideias que o alimentarão. Entendemos ainda que, no processo da pesquisa, poderão surgir outras formas de análises para fundamentar o nosso objetivo.
A pesquisa impulsiona a incorporar o método de participação nas ações sociais para, então, perceber como a sociedade tem se posicionado para afirmar a importância da cidadania e o entendimento construído a partir da Lei de Acesso à Informação (Lei nº. 12.527, de 2011). Com esse intuito, pretendemos, ainda, presenciar movimentos e palestras que contribuam para o tema deste projeto.
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